Abuso Sexual





            O abuso sexual ocorre quando existe um jogo, ou até mesmo o ato sexual, entre pessoas de sexo diferente, (ou  do mesmo sexo), em que o agente abusador já tem experiência, e visa sua satisfação sexual. Estas práticas geralmente são impostas às crianças ou adolescentes, através de violência física, ameaças, ou em alguns casos, induzindo-as, convencendo-as.  
            No abuso sexual, a criança é despertada para o sexo precocemente, de maneira deturpada, traumática, ficando com marcas para o resto da vida, podendo desenvolver comportamentos patológicos como aversão a parceiros do mesmo sexo do abusador ou, por outra, promiscuidade e uma sexualidade descontrolada, entre outros. A criança ao ser abusada sexualmente é desrespeitada como pessoa humana, tem seus Direitos violados, e o pior: na maioria das vezes, dentro de seu próprio lar, por quem tem a obrigação de protegê-la.      As marcas, as conseqüências do abuso sexual podem ser físicas ou psicológicas. Geralmente ficam as duas.
           O abusador geralmente ao praticar o abuso sexual toca fisicamente a vítima, mas pode haver abuso sexual sem o toque físico. O abusador pode tocar a vítima sob forma de carícias, tanto como um beijo, ou  alisadas, às vezes chegando a manter relações sexuais: tanto vaginal quanto anal. Há muitos casos de gravidez decorrente de abuso sexual. Já no abuso sexual sem contato físico, alguns abusadores se limitam a olhar suas vítimas trocarem de roupa, tomar banho, etc. Há o tipo de abusador que expõe os órgãos sexuais para suas vítimas. Este tipo tanto acontece na rua, como em casa. É o "exibicionista".
           Alguns abusadores vêem fitas  e revistas pornográficas com suas vítimas,  alegando que precisam "ensiná-las",  despertando sua sexualidade de uma forma precoce e  deturpada. Às vezes, nestes casos, o abusador chega a manter contatos mais íntimos, sob a desculpa que "está apenas  ensinando", à vítima. 
Acontece ainda com freqüência, que o abusador  "paga" em dinheiro ou em doces, dá presentes, para que ela permita que ele a toque intimamente, abuse de seu corpo  de diversas formas. 


 Existem quatro categorias distintas de abuso sexual:

Pedofilia: 
A Pedofilia é um transtorno parafílico, onde a pessoa apresenta fantasia e excitação sexual intensa com crianças pré-púberes, efetivando na prática tais urgências, com sentimentos de angústia e sofrimento. 

As causas do abuso são variáveis. O molestador geralmente justifica seus atos, racionalizando que está ofertando oportunidades à criança de desenvolver-se no sexo, ser especial e saudável, inclusive praticando sexo com a permissão desta. Pode envolver-se afetivamente e não ter qualquer noção de limites entre papéis ou de diferenças de idade.

As conseqüências emocionais para a criança são bastante graves, tornando-as inseguras, culpadas, deprimidas, com problemas sexuais e problemas nos relacionamentos íntimos na vida adulta.


Estupro:
O estuprador é sempre homem e tem sentimentos odiosos em relação às mulheres, sentimentos de inadequação e insegurança em relação a sua performance sexual. Pode apresentar desvios sexuais como o sadismo ou anormalidades genéticas com tendências à agressividade.

A vítima normalmente é estigmatizada, havendo uma tendência social de acusá-la direta ou indiretamente por ter provocado o estupro. Sente-se impotente até mesmo em delatar o estuprador, que muitas vezes é alguém já conhecido, sentindo-se muito culpada e temerosa de represálias. Muitas vezes, pode sentir que o estupro não foi um estupro, que foi uma atitude permitida por ela e de sua responsabilidade. Tal atitude dificulta o delato do crime. O sentimento de baixa auto-estima culpa vergonha, temor (fobias), tristeza e desmotivação são comuns. A ideação suicida também pode piorar o quadro. São comuns sintomas similares ao Estresse Pós-Traumático.
O tratamento da vítima consiste em conscientizá-la de que o estupro foi um ataque sexual, um crime, envolvendo pessoa conhecida ou mesmo uma pessoa desconhecida com a qual a vítima possa ter marcado um encontro às escuras.


Assédio sexual
O Assédio Sexual inclui uma aproximação sexual não bem vinda, uma solicitação de favores sexuais ou qualquer conduta física ou verbal de natureza sexual.
Existem leis que protegem as pessoas de preconceitos sexuais, tomando-se por base tais situações.Existem dois tipos de molestamento:
Quando existe uma pressão sobre a vítima para esta prestar algum favor sexual ou se submeter de alguma forma por estar hierarquicamente abaixo ao molestador. Quando há uma pressão para a vítima sentir-se em um ambiente desagradável por ser de seu sexo específico. Por exemplo, uma mulher ser hostilizada ou não bem vinda por ser uma mulher em um determinado ambiente de trabalho, fazendo com que se sinta tão mal a ponto se ter de abandonar o emprego ou permanecer nele com sofrimento.

O tratamento para essas vítimas consiste em ajudá-las a tomar medidas legais contra o molestador, treinando-as para identificar quando estão sendo submetidas a esse tipo de abuso.


Exploração sexual profissional
A Exploração Sexual Profissional ocorre quando há algum tipo de envolvimento sexual (ou intimidade) entre uma pessoa que está prestando algum serviço (de confiança e com algum poder delegado) e um indivíduo que procurou a sua ajuda profissional.
Pode ocorrer em todos os relacionamentos profissionais nos quais haja algum tipo de poder de um indivíduo sobre o outro (assimetria). Exemplos são relações como a do médico-paciente, psicólogo-paciente, advogado-cliente, professor-aluno e clérigo-paroquiano..
É sempre muito difícil tratar um paciente que foi explorado. Há uma incapacidade da vítima para confiar novamente, impossibilitando a aliança terapêutica, extremamente necessária para desenvolver o relacionamento saudável médico-paciente e a obtenção de sucesso no tratamento.
O profissional abusador também enfrenta muitas dificuldades no seu próprio tratamento. Geralmente busca ajuda somente quando foi delatado e indiciado. Existem ainda poucos serviços especializados e direcionados ao tratamento dessas situações. 



           Se você foi ou está sendo vítima de abuso sexual, precisa falar a respeito com quem pode lhe ajudar.  

É preciso romper com o pacto de silêncio que encobre as situações de abuso e exploração contra crianças e adolescentes. Não se pode ter medo de denunciar. Essa é a única forma de ajudar.

Saiba a quem recorrer em caso de suspeita de violência sexual infanto-juvenil:
  • Conselhos Tutelares.                                                                                                                              

  • Varas da Infância e da Juventude.                                                                                                                            

  • Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e Delegacias da Mulher.
  •  Disque 100.












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